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Amargura diária que nos corrói!

Amargura diária que nos corrói!

Olá,

Durante um bate papo acalorado com uma amiga por estes dias, veio à baila o quanto as pessoas mudaram de uns tempos para cá. Nos lembrávamos do quanto havia empatia entre vizinhos e colegas. Do quanto era bom estarmos no fim de tarde à porta de nossas casas, quando passava um vizinho e fazia questão de perguntar como foi o dia e se estava tudo bem. Lembrei-me então daqueles ônibus lotados às 06:00 da manhã. Claro, tínhamos que sair cedo para chegar ao centro da cidade a tempo e horas do trabalho.  Durante o percurso era uma verdadeira festa, namoros começaram e terminaram, amizades feitas, discussões sobre política, religião e futebol ditavam a tônica da viagem. E sempre com o maior respeito vinham os apelidos e a viagem se tornava um prazer. Pessoas se comunicavam, cumprimentavam e eram cumprimentadas e a cada dia o vínculo se fortalecia. No entanto, hoje ao sairmos de casa e ao cumprimentarmos alguém, corremos o sério risco de não sermos cumprimentados de volta, isso se não formos xingados. Sim, xingados pois há bem pouco tempo uma dessas atrizes decadentes disse em alto e bom som através de sua rede social que não suportava a positividade dos outros ao desejarem bom dia. Como se desejar um bom dia fosse um xingamento. Talvez até o seja e eu estou desinformado. Neste caso me desculpo de antemão. E por falar em desculpa, se eu não estiver errado. Qual a desculpa para a amargura diária na vida das pessoas?  Porque teimamos em viver de mau humor diariamente e o pior, tentando contaminar quem está ao nosso lado. Já ouvi pessoas dizerem que a vida está sendo cruel e com isso não há motivos para sorrir. Pensando então com meus botões, busquei na memória minha vida difícil e quase miserável na infância. Olhei os pedintes nas ruas, pessoas com deficiência que pedem esmolas, famílias que perderam tudo em catástrofes e que mesmo assim encontram um sorriso na face. Agora, ver uma pessoa bem de vida financeiramente, saudável, que tem um bom teto sobre sua cabeça e com uma linda família reclamar da vida. Dá um certo asco perceber que a amargura e o desamor são tão grandes na vida deles, que chegamos a ter pena. Pena porque poderiam sorrir e escolhem chorar. Pena porque poderiam ser felizes e escolhem a infelicidade. O pior é saber que estas escolhas são deles e que não nos cabe fazer nada a não ser sorrir para que vejam em nós o brilho incandescente de quem ama e é amado. Esse brilho em nós é o que nos alimenta e também a quem nos é próximo.

Que tal mudarmos nossas vidas e mostrarmos aos infelizes por opção que Deus reluz em nós o brilho de Sua Magnifica Face. Que tal sermos diferentes e quando alguém não responder o cumprimento, ao invés de xingarmos, orarmos pela alegria dessas pessoas.

Vale lembrar que os infelizes são eles e não nós. 

Sejamos diferentes, sejamos luz e principalmente sejamos nós mesmos, onde quer que estivermos.

Está disposto a brilhar?

O momento é esse e o tempo urge!

Na certeza do meu chamado!